O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que jamais contribuiu para o progresso da nação, quer agora arrastar-nos para o abismo. Diante das tensões crescentes entre Venezuela e Estados Unidos, e da ameaça americana de empregar meios militares contra o país caribenho, o Sr. Stédile não encontrou nada melhor a fazer do que anunciar sua prontidão em arregimentar milícias brasileiras para combate em solo venezuelano. O revolucionário gaúcho disse estar “fazendo consultas” a outros movimentos na América Latina “para organizar brigadas internacionalistas de militantes de cada um dos nossos países para ir à Venezuela e nos colocarmos à disposição do governo e do povo venezuelano.” Em Caracas, diante de uma multidão de militantes, declarou que podem “contar com o povo brasileiro … lutando até que o último marine (“marinero”) regresse a alguma tumba“.
Com sua ascendência política e ideológica sobre milhares de militantes e camponeses vulneráveis, Stédile seguramente conseguiria mobilizar tropas irregulares para lutar contra o imperialismo ianque, o fascismo, ou outros demônios que o atormentam. Insensatez parelha, se empreendida por mercenários, aventureiros ou aspirantes a Che Guevara, individualmente ou em grupos, já seria suficiente para causar enormes transtornos ao Brasil. Se executada por organização social longamente estabelecida e com vínculos estreitos e duradouros com o partido governista, poderia arrastar o país para uma crise potencialmente catastrófica, a depender de desdobramentos que ainda não há como prever.
João Pedro Stédile causaria menos dano se continuasse dedicado à revolução camponesa dentro de nossas fronteiras, o que já é desserviço bastante. Não pretendo dissuadir o Sr. Stédile ou qualquer outro indivíduo de se engajar na luta que julgar justa, mas usar sua ascendência sobre brasileiros incautos para levá-los a combate irregular no exterior é uma abominação. Vá à luta, Stédile, mas vá sozinho!
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