Estudo do FMI estima que estudantes brasileiros que hoje têm de 10 a 19 anos podem perder até 8% de sua renda futura, se as aulas perdidas na pandemia não forem repostas. Não sei se o número estimado é bom, mas o quadro é esse. Mas não apenas os estudantes perderão. A menor qualificação dos jovens de hoje se refletirá em menor remuneração para eles e menor produtividade geral da economia como um todo. Vai todo mundo perder, como diria uma economista famosa.
Parte do dano já deve ser irreversível, especialmente para os mais pobres. Para quem precisa começar a trabalhar cedo, não há reposição possível depois de um ano e quem sabe dois de ensino conduzido nas coxas. Quem tem recursos terá tido melhores oportunidades de continuar se aprimorando, ampliando sua competitividade profissional em relação aos mais pobres. As consequências sociais desse cenário não são difíceis de imaginar.
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